Aborto induzido pode aumentar risco de câncer de colo do útero

Um grande número de estudos feitos nos últimos anos indicam que mulheres que fizeram um aborto induzido (quando a gravidez é interrompida voluntariamente) têm um risco maior de desenvolver câncer de colo de útero.

Mulheres com história de um aborto enfrentam 2,3 vezes maios risco de ter câncer de colo de útero, em comparação com mulheres sem história de aborto. Mulheres com dois ou mais abortos enfrentam um risco 4,92 vezes maior. Outros tipos de câncer também têm maior risco de se desenvolver após abortos simples ou múltiplos, como por exemplo o de ovário, mama e fígado.

Este aumento das taxas de câncer para as mulheres pós-abortadas pode estar ligado à interrupção não natural das alterações hormonais que acompanham a gravidez. Outra explicação é que o aborto induzido pode gerar lesões no colo de útero, que não são devidamente tratadas e podem progredir para um câncer. Além disso, o estresse causado por um episódio de aborto pode prejudicar o sistema imunológico, deixando o corpo mais suscetível à doença.

Aborto induzido pode trazer complicações graves
Além de maior risco de câncer a longo prazo, o aborto provocado expõe a mulher a riscos e complicações imediatas que podem até levar à morte, principalmente quando é executado em casa ou em clínicas clandestinas, já que, nesses casos, costuma ser feito sem acompanhamento e cuidados médicos adequados. Entre as complicações que podem ocorrer destacam-se:

–  Perfuração no útero – o uso inadequado de um instrumento para provocar aborto pode evoluir para problemas sérios, podendo até ser necessária uma histerectomia (retirada do útero);
–  Hemorragia intensa – quando isso acontece, a mulher pode rapidamente perder uma quantidade perigosa de sangue e precisa procurar ajuda médica urgentemente;
–  Aborto incompleto – restos de placenta podem não ser completamente removidos do útero, o que pode gerar infecções graves;
–  Infertilidade – ocasionalmente, engravidar pode ser difícil depois de um aborto, especialmente se houve complicações.

Conteúdo relacionado no Mulher Consciente
–  Histerectomia: tudo sobre a cirurgia
http://www.mulherconsciente.com.br/noticias/histerectomia-tudo-sobre-a-cirurgia/

Conteúdo externo relacionado
–  CFEMEA – Aborto na legislação brasileira – Garantias no Código Penal: risco de vida e estupro; Aborto como questão de saúde
http://www.cfemea.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1425:aborto-na-legislacao-brasileira-garantias-no-codigo-penal-risco-de-vida-e-estupro-aborto-como-questao-de-saude&catid=157:saude-e-dsdr&Itemid=127

Referências
–  http://afterabortion.org/1999/abortion-risks-a-list-of-major-physical-complications-related-to-abortion/
–  http://www.deveber.org/text/chapters/Chap3.pdf
–  http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311X1992000400010&script=sci_arttext
–  http://dhss.alaska.gov/dph/wcfh/Pages/informedconsent/abortion/risks.aspx

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